Um grupo de 18 cientistas defendeu a criação de um acordo global para determinar os limites de edição genética. O documento foi publicado pela revista “Nature” nesta quarta-feira (13) e assinado, inclusive, pelo detentor da patente da técnica, o pesquisador Feng Zhang.
A criação do artigo pelos pesquisadores da área é uma resposta a uma notícia que mexeu com a comunidade científica no final de 2018. He Jiankui, um chinês da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul da China, disse ter editado os genes de duas bebês para torná-las imunes ao HIV. Os embriões, segundo ele, foram implementados e a mãe já estaria grávida das gêmeas. Ele foi demitido e proibido de continuar as pesquisas.
Jiankui usou Crispr, a técnica de edição genética que pode colocar em xeque o futuro do DNA humano – dependendo de como vamos usá-la. Ela é uma forma relativamente barata e viável de editar o material genético dos seres vivos, incluindo o dos seres humanos. As aplicações prometem ser de grande benefício ao planeta inteiro, desde que os limites para a manutenção da espécie sejam mantidos.
Fonte: G1 Saúde